sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Como lidar com crises de raiva das crianças

Nestas horas, a primeira sensação que se tem é a de vergonha pelo escândalo em público, mas isso não ajuda em nada. O importante é manter a calma e lembrar que ser mãe não é fácil – é preciso deixar de lado sua própria frustração e educar.
A raiva infantil é desencadeada por um desejo não atendido. Os bebês já sentem isso quando estão com fome e a mamada não vem, têm mais frio do que gostariam ou o brinquedo não faz tudo que desejam. “Desde bebê já se pode ensinar a esperar um pouco para ter suas necessidades saciadas, como a não ficar o tempo todo no colo que mais gosta. Assim, quando contrariada em outras questões, a criança terá mais tolerância”, sugere a psicóloga infantil Patrícia Serejo.
Até aprender a se expressar, a criança usa o que sabe fazer: chora e se contorce, e às vezes fica até difícil de segurá-la. Nesta fase, os pais já podem ir conversando, dizendo coisas como “tem que esperar um pouquinho, a mamãe está acabando de fazer a sopa”. “A questão do tempo de aprender a esperar é um fator fundamental. É tarefa dos pais ensinar gradativamente que a realidade não se adequa às crianças, mas são elas que devem se adequar a realidade”, explica a psicóloga especializada em psicanálise para crianças Adela Stoppel de Gueller.

O que fazer


Com o tempo, as crianças passam a gritar, se jogar no chão, chutar ou bater nas pessoas ou nos móveis e, algumas vezes, até se agredir. A agressividade pode vir de um modelo que se tem em casa ou de um amiguinho ou priminho que consegue o que quer fazendo escândalo. Contudo, é a partir da reação dos pais à crise de raiva que a criança opta (ou não) por se comportar assim em situações semelhantes. “Quando percebe que seu desejo é atendido após a crise de raiva, ela aprende que a crise leva à obtenção do que ela deseja”, alerta Patrícia Serejo.
Se a mãe diz que não vai comprar um brinquedo, mas acaba cedendo ao berreiro armado logo em seguida no meio da loja, por vergonha, o pequeno vai entender direitinho a mensagem: birra funciona! E, seguindo este caminho, mais do que sofrer durante a infância de seu filho, você corre o risco de criar um adulto incapaz de lidar com as frustrações.
Na hora da crise de raiva, se for possível, os pais devem sair de perto da criança. Assim, eles têm uma chance de respirar fundo, se acalmar e tomar uma decisão mais consciente. Nas situações em que ela não pode ser deixada sozinha, tire-a do ambiente – é o caso, por exemplo, de uma loja de brinquedos.
Seja firme, mas não tente falar mais alto. “É preciso dialogar com muita paciência, amor e carinho nessas horas. Ofereça conforto dizendo ‘percebi que você está bravo, mas vamos nos acalmar para eu entender’. O embate de quem grita mais alto forma um ciclo de raiva sem crescimento algum”, diz a psicóloga Daniella Freixo de Faria.
E se a crise de raiva colocar em risco a integridade física da criança ou de outra pessoa, é dever dos pais contê-la fisicamente. Mas atenção: isso é diferente de bater!

Causas

Apesar de muitas vezes parecerem a mesma coisa, a raiva é diferente da manha. Esta última pode vir de cansaço, sono ou fome, e deve ser respeitada. O jeito de diferenciá-las é conhecendo os hábitos do seu filho e excluindo cada uma das necessidades fisiológicas, atendendo-as: certifique-se de que a criança está bem alimentada, descansada e confortável.
A manha também pode ter causas menos nobres do que fome, frio ou sono. “A criança quer fazer o outro ceder apenas para ganhar a batalha. É um jeito que ela tem de provar que é importante e poderosa”, explica Adela Gueller. Já a raiva é mais primitiva, tem a ver com as necessidades e os desejos elementares. Às vezes as duas reações se misturam. Por isso, mais importante do que diferenciá-las é evitar o confronto.
Pode parecer uma birra sem fundamento, mas, na maioria das vezes, as crises não começam sem motivos. Pode ter sido uma injustiça, uma promessa não cumprida, uma sensação de vergonha ou mal estar. “Cada ‘não’ ou ‘sim’ tem que ser dito com muita responsabilidade. Seja honesto e genuíno com seu filho. Ataques são chamados para que os pais entrem na função deles”, lembra Daniella de Faria.
Crianças querem e precisam de orientação para seguirem seus caminhos. Não ignore simplesmente uma crise de raiva. Entenda por que ela aconteceu – talvez você tenha prometido aquele sorvete, mas ficou com pressa e nem sequer se deu ao trabalho de fazer a criança entender que não deu tempo de comprá-lo. “O objetivo da crise é fazer os pais entenderem porque eles estão bravos. Sendo compreendida, a raiva some”, promete Daniella.

Como dizer não sem provocar a fúria de seu filho

“Eu tinha pavor daquelas criancinhas que se jogavam no chão quando a mãe negava algum brinquedo ou doce. Sempre pensava: filho meu jamais vai se comportar desta forma. Afinal, comigo nunca teve acordo, ou eu obedecia ou enfrentava o chinelo. Hoje, minha filha Giulia, de 3 anos, faz o show completo. Grita, prende o ar e começa a me bater. Morro de vergonha e acabo fazendo a vontade dela, pois acho que vão pensar que eu sou uma péssima mãe”, conta.
A enfermeira Cristina Torre, 25 anos, sofre desde que a sua pequena Giulia começou a andar e a falar as primeiras palavras. A psicóloga Mariana Chalfon diz que as crianças precisam de limites desde pequenas. “Aos oito meses de vida, pais ou profissionais que cuidam da criança precisam estar constantemente vigilantes para evitar que a criança se exponha a perigos que comprometam sua integridade. Dizer ‘não’ para a criança ao vê-la colocar os dedos na tomada ou ao tentar pegar um objeto pesado em cima da mesa, por exemplo, já são maneiras de estabelecer alguns limites”, explica.
Especialista em psicopedagogia, Maria Irene Maluf diz que dar limites dá trabalho, exige tempo, dedicação e muitos aborrecimentos. “Dizer sim a tudo é uma saída confortável, principalmente para quem tem medo de deixar de ser amado pelo filho”, alerta. Ao contrário do que muitos acreditam, dizer não depois que a criança está mais crescida, com cinco ou seis anos, não vai torná-la agressiva. Nesta idade, elas precisam saber que existem atividades apropriadas e circunstâncias que são adequadas.
Mariana Chalfon diz que em algum momento da vida a criança vai reclamar ao ouvir um não, mas elas precisam disso. “De certa maneira, os pais ensinam as crianças a ter discernimento e responsabilidades quando apresentam alguns limites, o que é fundamental para o desenvolvimento delas”, diz.
Fragilidades
Crianças com menos tolerância para suportar um “não” vão sofrer mais para se adaptar à escola, ao mundo profissional, à vida conjugal e serão pais e mães impotentes perante seus filhos. Há casos em que a mãe cai em si quando começa a ler matérias a respeito, a perceber as consequências no comportamento eternamente frustrado e insatisfeito do seu filho. “Mas há muitos casos que exigem um trabalho especializado, uma terapia para o próprio casal aprender a resgatar o seu papel de pai e de mãe na família”, diz Maria Irene.
Maria Aparecida Pereira, massagista e mãe de Arthur, de 5 anos, diz que seu filho sempre se debatia contra o chão quando era contrariado. “Uma vez, a professora da escolinha do meu filho me chamou e disse que ele estava se isolando cada vez mais e que era muito tímido”. Maria começou a perceber a importância de estimular um esporte que proporcionasse o convívio de Arthur com as outras crianças. “Hoje, ele é uma criança mais afável e emocionalmente estável. Aprendeu que perder faz parte da vida e que não há nenhum mal nisso”.
Como lidar com a birra das crianças em lugares públicos?
Maria Irene diz que ninguém dá show sem plateia. “A melhor coisa é se afastar por alguns metros e não prestar atenção.” A psicóloga explica que se isso não funcionar, é porque a mãe já fez isso e voltou atrás, perdendo a credibilidade. Neste caso, pegue seu filho do chão, o coloque nos braços e retire-se do local com ele. “Leve-o para casa e tenha uma atitude firme, até ter certeza de que ele não fará mais manhas, proíba-o de sair com você”. Maria fala que esse é um castigo difícil de cumprir, mas infalível para contornar e acabar com os chiliques e as chantagens infantis.
Existe idade certa para começar a dar limites para as crianças?
Dar limites é educar com valores, com respeito ao outro, e isso começa desde pequeno. Há, por exemplo, bebês de um mês que mal a mãe passa a dar atenção ao pai ou aos irmãos, já começa a resmungar, choramingar para controlar.
Caso a mãe nunca tenha dito não, como começar a estabelecer regras?
Provavelmente a criança vai ficar com raiva e medo, mas vai aprender que há hierarquia no mundo, vai desenvolver tolerância à frustração, se tornar uma pessoa mais forte, mais compreensiva e menos egocêntrica. “Existe uma ideia ultrapassada de que jovens delinquentes são consequência de uma educação rígida, uma ideia equivocada. Eles foram educados, sim, mas de forma errada, em lares onde não havia amor, respeito, normas, consequências, direitos e deveres, entre todos os membros da família”, explica Maria Irene Maluf.

Seu filho não obedece? 9 dicas para mudar isto

“Tudo o que eu peço, ela faz o contrário. Às vezes, perco a cabeça”, conta a cabeleireira Marlene Dias, mãe de Monique, 5 anos. Como ela, muitas mães sentem dificuldade em fazer com que os filhos obedeçam. Com ajuda de especialistas em educação e psicologia infantil, selecionamos dicas que vão acabar com essa tormenta e permitir um desenvolvimento mais tranquilo e saudável para o seu filho - e menos cansaço para você.
1. Eduque sem culpa
Entender que existem regras faz parte de um importante processo de aprendizagem da criança. Por isso, os pais devem sentir-se autorizados a educar. “Eles têm essa função e serão cobrados por isso”, diz Isabel Kahn, psicóloga e professora da PUC-SP. Os pais que trabalham devem administrar o sentimento de culpa. “Quando a mãe explica que precisa trabalhar, o filho pode sentir falta dela, mas ele compreende a situação”, garante.
Por isso, os especialistas são unânimes em afirmar: nada de tentar compensar a ausência por meio da superproteção ou de permissividade. “Ao perceber que os pais se sentem culpados, a criança pode adotar comportamentos manipuladores”, alerta a psicanalista Patrícia Nakagawa, mestre em psicologia escolar, aprendizagem e desenvolvimento humano pela Universidade de São Paulo.
2. Crie um bom vínculo afetivo Demonstre carinho, converse e brinque. Assim, você cria uma maior cumplicidade com a criança. Segura de que tem a atenção dos pais, ela aprende que não precisa recorrer à desobediência para chamar a atenção. Dessa maneira, quando você precisar impor uma regra, a criança compreenderá mais facilmente que há momentos em que ela deve obedecer.
“Para criar um bom vínculo com uma criança não é preciso dar presentes ou mimar demais, mas brincar com ela”, afirma a psicóloga Suzy Camacho, autora do livro “Guia Prático dos Pais” (Edit. Paulinas). Ao chegar do trabalho, dedique pelo menos 15 minutos para brincar. “A qualidade da interação é muito mais importante do que a quantidade”, completa a psicóloga Juliana Nutti, que é doutora em Educação pela UFSCAR e coordenadora do curso de especialização em Psicopedagogia do Centro Universitário Central Paulista.
3. Valorize o papel da criança
Seu filho precisa conhecer a importância dele na família. Para isso, é bom que ele tenha o seu lugar reservado na mesa de jantar e seja ouvido pelos pais. “A criança deve saber que obedecer aos pais contribui para o desenvolvimento de uma dinâmica familiar harmoniosa, na qual todos são recompensados”, explica Juliana Nutti.
4. Crie uma rotina
Utilize o bom senso e estabeleça uma rotina para o seu filho. “A rotina é fundamental, pois traz segurança e faz com que a criança se sinta cuidada. Aos poucos, dê-lhe uma certa autonomia para executar pequenas ações sozinhos. A criança gosta de sentir-se capaz”, garante Adriana Tanasovici, psicopedagoga do colégio SAA, em São Paulo. Uma rotina bem adaptada ao ritmo da criança reduz a ansiedade, faz com que ela se lembre de algumas tarefas cotidianas, como escovar os dentes após as refeições, e tenha um sono de qualidade.
5. Dê ordens claras
Dialogue sempre, use linguagem adequada à faixa etária da criança e tom firme. Ao dar uma ordem, olhe nos seus olhos da criança. É preciso persistência, mas psicólogos garantem que funciona: “Diga o que ela deve fazer uma única vez. Aguarde alguns minutos e verifique se ela já fez o que você pediu. Se não, pegue-a pela mão e a acompanhe na execução. Repita até que ela se condicione a atendê-lo”, diz Suzy Camacho.
6. Esteja preparado para lidar com a desobediência
Ao desobedecer, a criança busca uma satisfação momentânea, nem sempre o seu objetivo é afrontar o adulto. Por isso, aja com calma e firmeza. “Não se pode dizer não aleatoriamente, mas é fundamental sustentá-lo quando for preciso, pois a criança tem que saber que ela não pode pular uma janela ou não deve agredir o coleguinha”, ressalta Isabel Kahn.
7. Diante da birra, fique firme
Quando a criança começar a fazer birra, mantenha a calma. Reforce que você não poderá atendê-la naquela hora e seja objetiva. “Se estiver em público, não se preocupe com os comentários ou olhares das pessoas. Também não faça discursos ou ameaças enquanto a criança estiver chorando. Apenas tente desviar a atenção dela para outra coisa, mas não ceda”, afirmou Suzy Camacho. “Os pais precisam ouvir as necessidades da criança, não a birra”, observou Adriana Tanasovici.
8. Oriente a babá
Combine com os cuidadores as diretrizes da educação do seu filho.“Esse diálogo é imprescindível para que não se estabeleça um relacionamento conflitante e a criança fique confusa”, explica a psicanalista Patrícia Nakagawa.
9. Educa-se o tempo todo
Lembre-se: educar é uma atividade contínua e você precisa dar o exemplo. “A educação é um processo que não ocorre apenas em situações de desobediência. A criança aprende muito por meio do que observa em seu cotidiano”, diz Patrícia Nakagawa. Por isso, seja verdadeiro.“Se enganamos ou mentimos uma vez, as crianças podem perder a confiança nos pais”, completa Adriana Tanasovici.

Educar sem bater é possível?

Impor limites não é tarefa fácil para pai algum. Muitos têm medo de perder o amor dos filhos por serem severos demais. Porém, a autoridade parental é indispensável para educar, criar consciência e, consequentemente, começar a construir o caráter das crianças. O importante é não confundir “criar regras” com “impor vontades”. E é possível fazer isso tudo sem bater.
Adela Stoppel de Gueller, psicóloga e coordenadora do setor de Clínica e Pesquisa do Departamento de Psicanálise da Criança do Instituto Sedes Sapientae, chama atenção para o fato de que os pais são, inicialmente, a referência mais importante de autoridade de uma criança – e não devem se esquecer disso nem quando são enfrentados pelos filhos. “À medida em que as crianças crescem e vão ganhando autonomia, elas questionam a autoridade parental e as leis da sociedade. Nesse momento, é importante que os pais mostrem aos filhos que a autoridade que eles detêm não é arbitrária, que não é um capricho”, recomenda.
A psicóloga explica que discutir as decisões tomadas pode desgastar a autoridade dos pais. “É importante que os pais, quando devem dizer não, não tenham que ficar se justificando. Não é a explicação do ‘não’ que coloca as crianças para pensar, é o ‘não’ puro e simples que faz com que elas reflitam pela lei e pelos limites”, defende Adela. A educadora Cris Poli reforça o argumento da psicóloga e afirma que, desde pequenos, temos que aprender que vivemos em uma sociedade que tem limites. “Pais não podem temer deixar os filhos frustrados porque vão negar algum pedido deles. Ensinar, colocando regras, é educar”, fala a apresentadora do programa “Supernanny” (SBT).
Autoridade x autoritarismo
A linha entre autoridade e autoritarismo parece tênue. Porém, os dois conceitos são bastante distintos. Enquanto autoridade significa impor regras necessárias para um bom convívio, autoritarismo é sinônimo de imposição, uso excessivo de poder. Mara Pusch, psicóloga da Unifesp, diz que autoridade parental não deixa criança alguma retraída ou traumatizada. “Os pais precisam entender que autoridade é mostrar que você tem o poder de decisão sobre o seu filho. O problema é que, quando dessa decisão não é bem exposta às crianças, vira autoritarismo. O filho precisa enxergar que tem autonomia para escolher o que quer, mas que o seu desejo pode ser ou não realizado”.

Uma criança se sente acuada quando sofre uma vigilância constante, quando há controle em demasia sobre as suas ações. Adela destaca que, ao notarmos crianças retraídas ou sufocadas, é preciso pensar que ela está sentido o peso da autoridade como excessivo e que pode não ter forças para suportá-lo. “O retraimento é como um refúgio para os filhos que se sentem assim. É importante que os pais repensem seu lugar e escutem a criança. Às vezes, em alguns desses casos, é a criança quem cria uma imagem de um pai extremamente autoritário e isso não corresponde à realidade. Nessas horas, pode ser importante consultar um especialista”, afirma a psicóloga.
O fim da palmada
Um projeto de lei do governo federal que prevê punição para quem aplicar castigos corporais em crianças e adolescentes está tramitando no Congresso Nacional. Sua aprovação, que é bastante provável, marcaria o fim da era das palmadas e dos beliscões, tão conhecidos pelos adultos de hoje. A discussão, que gera muita polêmica, é tratada por Cris Poli com naturalidade. A educadora defende, desde sempre, que para educar não é preciso bater. “Métodos de disciplina é que ensinam o que é certo e errado. Palmadas e puxões de orelha são usados apenas pelos pais que não conseguem se impor e perdem a paciência com os filhos”, fala. “Eu sequer vejo necessidade de uma lei para proibir isso. O que precisamos é de uma campanha de conscientização disciplinar”, acrescenta a educadora.
Mara defende o castigo como uma boa forma de punição para os filhos que descumprem as regras da casa. Para a psicóloga, o castigo tem que ser algo que tanto a criança quanto o adulto consigam cumprir. Não pode ser uma atitude drástica. “Não adianta o pai ameaçar e não dar conta do recado. Se a criança só fica tranquila com o videogame, e o pai tira isso completamente dela, não vai funcionar. Não defendo castigos assustadores, pois isso gera medo”.
Adela complementa o argumento da psicóloga dizendo que os pais devem refletir sobre os castigos que impõem e admitir quando foram severos demais na hora de aplicá-los. “Admitir um erro não implica em perder autoridade, ao contrário, é algo que pode fortalecer os pais porque a criança vê ali um ser racional, que reflete sobre suas ações”, diz.
Recuperando a autoridade
Nunca é tarde demais para recuperar a autoridade com o seu filho. Pelo menos é o que dizem as três especialistas. Para Adela, antes de tentar resgatar o controle da situação em casa, os pais têm que olhar para si mesmos e recuperar a confiança em si. “Se conseguirem isso, os filhos vão perceber e passar a confiar na palavra deles”, explica.
Para os casos mais graves, quando as crianças já não respondem às regras e fazem birra por qualquer coisa, Mara sugere terapia familiar. “Pode ser bom para o pai entender por que perdeu a autoridade e visualizar a dinâmica da casa. Normalmente, quem está dentro da situação não consegue enxergar direito. É importante também perceber como a criança age em outros ambientes, se é sem limites fora de casa”, recomenda.
Cris Poli afirma que o mais importante é que os pais se convençam de que a autoridade está com eles e que educar é uma responsabilidade, não uma escolha. “A minha experiência indica que o primeiro passo é assumir o papel de educador dentro de casa e se posicionar com firmeza. A partir daí, o pai ou a mãe tem que rever sua postura e tentar mudar o que está errado”, finaliza.

Mulheres acreditam mais na "palmada pedagógica"

Mais mulheres do que homens acreditam no valor da "palmada pedagógica": 75% delas acham que dar uns tapas no filho de vez em quando é necessário para educá-lo, enquanto 59% dos homens pensam assim. É o que apontam os dados de pesquisa divulgada hoje pela Fundação Perseu Abramo.
Segundo a pesquisa, a maioria dos pais que apanharam na infância - prática comum em gerações anteriores - não reproduz, com seus filhos, o método violento. 17% das mulheres e 38% dos homens que levavam surras com frequência acreditam que "bater em criança é errado em qualquer situação".

A ideia de que "dar uns tapas de vez em quando é necessário" cresce entre as mães de mais escolaridade. Entre as entrevistadas que cursaram apenas até a 4a série, 71% escolheram esta resposta. Entre as mães com escolaridade de 5a a 8a, ensino médio completo e ensino superior, o número vai a 77%.
As mulheres seguem como linha de frente da educação das crianças. Só 15% das mulheres dizem jamais ter dado um tapa em um filho. Entre os homens, o índice dos que nunca fizeram uso da palmada cresce para 42%. Apenas 1% das mulheres admite dar surras com frequência. Nenhum homem disse fazê-lo.

A pesquisa ouviu 2.365 mulheres e 1.181 homens com mais de 15 anos em todo o País.

Bater em crianças: crime ou educação?

Em agosto deste ano, depois de um polêmico referendo realizado pelo correio, a Nova Zelândia consultou a população sobre a lei conhecida como “antipalmada”, promulgada em 2007, que torna crime dar uma palmada nos filhos. A maioria das pessoas, 87,6% dos eleitores, votou pela extinção da lei, ou seja, quer voltar a ter o direito de dar uma palmada “pedagógica” nos filhos. O governo neozelandês, no entanto, ainda não decidiu se vai alterar a legislação e revogar, de fato, a lei.
Na Suécia, desde 1979, bater em uma criança – ainda que seja um eventual tapinha depois de uma malcriação – pode levar os pais para a cadeia. O país foi o primeiro a proibir as palmadas “pedagógicas”. Na América Latina, Uruguai, Venezuela e Costa Rica já seguiram o exemplo sueco e enquadraram a palmada como crime. Além deles, países como Alemanha, Áustria, Espanha, Portugal e Israel também criaram leis criminais que protegem a criança de eventuais palmadas, ainda que seja com o intuito de educá-la.
No Brasil, o tapinha visto como educacional não é crime e continua sendo socialmente aceito – desde que ocorrido no âmbito familiar. “Aqui, a chamada palmada pedagógica não é penalizada do ponto de vista criminal. Agora, se ela levar a algum tipo de dano físico, pode ser enquadrada como lesão corporal”, define Paulo Afonso Garrido de Paula, procurador de Justiça do Estado de São Paulo, professor de Direito da Criança e do Adolescente da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
De acordo com o promotor, que também é um dos autores do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), tornar crime o hábito de dar palmadas ainda não é o melhor caminho para o Brasil. “Criminalizar é complicado porque é difícil determinar os limites da palmada pedagógica”, diz.
O ideal seria apostar primeiro em uma mudança cultural. “O caminho é investir em campanhas educativas, que expliquem que não é causando dor que você vai conseguir educar bem”, opina Paulo. Uma das iniciativas desse tipo no Brasil é a rede “Não Bata, Eduque”, que visa contribuir para o fim da prática da palmada como instrumento de educação. Nascida em 2005, a rede conta com o apoio de várias instituições, como a Fundação Xuxa Meneghel, capitaneada pela apresentadora.
Leis brasileiras
No Brasil, a lei é guiada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. A primeira parte do Estatuto proclama os direitos essenciais dos menores, como o direito à integridade física, moral e espiritual. A segunda parte criminaliza algumas condutas, como submeter uma criança a vexame ou constrangimento – coisa que pode ser feita mesmo sem palmadas.
O Estatuto também obriga que agentes da saúde, professores ou outros profissionais sociais que tenham relação com a criança denunciem qualquer suspeita de abuso ou maus-tratos.
Mas, afinal, bater para educar funciona? Para Maria Irene Maluf, pedagoga especialista em Psicopedagogia e Educação Especial, a resposta é clara: bater não funciona. “O tapa pode resolver na hora, principalmente quando a criança raramente é repreendida dessa forma, mas não ensina o autocontrole”, alerta. O melhor é mostrar por meio de repetições e do estabelecimento claro de limites.
Aos adultos que ainda acreditam que um filho que não apanha vira uma criança sem limites, a pedagoga explica que ocorre o inverso: pais que sempre recorrem às palmadas é que podem perder os parâmetros. “Agressões são formas de desrespeito e deixam marcas de rejeição. Ou acovardam diante da vida ou criam brutamontes que farão ainda pior com seus próprios filhos”, diz ela.

“As crianças estão precisando de tapa na bunda”, diz terapeuta infantil

Matéria veiculada no site do portal IG hoje.
Como explicar a uma criança a forma correta de agir? A dúvida, comum a muitas mães, divide especialistas. Mas há um ponto em que todos parecem concordar atualmente: bater para educar seria pouco eficaz e traumatizante para a criança. Poucos seguem outra linha de raciocínio. É o caso da terapeuta infantil Denise Dias, que lançou em outubro deste ano o livro “Tapa na Bunda – Como impor limites e estabelecer um relacionamento sadio com as crianças em tempos politicamente corretos” (Editora Matrix).
Desde 1998 o conselho da União Europeia está em campanha contra as palmadas. Ao todo, 22 países europeus, como Suécia, Áustria e Alemanha, criminalizaram punições físicas. Publicada em abril de 2010, uma pesquisa realizada com crianças entre três e cinco anos por cientistas da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, constatou que aquelas cujos pais costumavam disciplinar com tapas tinham 50% mais chances de desenvolver agressividade. No Brasil, tramita no congresso desde 2002 um projeto de lei que visa proibir as palmadas. Apoiado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por estrelas como Xuxa, o assunto ganhou notoriedade.

Com mais de dez anos atendendo crianças e adolescentes, inclusive em instituições dos Estados Unidos, Denise, no entanto, não vê problemas na adoção da palmadas educativas. “As crianças estão precisando de tapa na bunda”, diz a terapeuta. Ela vê a carência na imposição de limites às crianças como um dos principais problemas da geração atual: “virou uma bagunça tão grande que hoje nós temos uma geração de delinquentes adolescentes”. Confira a entrevista que ela concedeu ao Delas.
iG: Qual a ideia central do livro?
Denise Dias:
Eu vejo que as palmadas que os pais dão nos filhos, de vez em quando, não têm mal nenhum. “Monstrualizaram” a educação doméstica. Não se pode mais falar em tapa ou em castigo. Não se pode mais falar que os pais mandam nos filhos. Virou uma bagunça tão grande que hoje nós temos uma geração de delinquentes adolescentes. Podemos até falar que é uma geração drogada e prostituída também. A quantidade de jovens usuários de drogas só cresce ano após ano, isso não é falta de informação, é falta de limite. O que é, muitas vezes, imposto com um tapa na bunda.
iG: Qual a diferença entre palmada e agressão?
Denise Dias:
Não existe um “tapômetro” para mensurar isso quantitativamente. No Reino Unido, quando um pai é julgado (por algum tipo de agressão ao filho), eles observam se foi deixada alguma marca na criança. Esta seria uma forma mais palpável de medir.
iG: Um capítulo do seu livro fala sobre “criar monstros”. Você pode explicar essa ideia?
Denise Dias:
Em uma escada de hierarquia, onde ficam os pais? No topo. Onde ficam os filhos? Lá embaixo. Os pais possuem autoridade indiscutível perante os filhos. Para uma criança crescer saudavelmente, ela precisa de um adulto seguro que diga o que pode e o que não pode ser feito. Hoje em dia, ao invés de colocar limites, eles (os pais) estão filosofando excessivamente com as crianças. Costumo dizer que os pais ficam com “teses de doutorado”, explicando demais para uma criança de quatro, cinco anos de idade cujo cérebro não está formado adequadamente para formar abstração, formar filosofia. Por isso que um pai que mora no décimo andar não tenta explicar para a criança que ela pode cair da varanda. O que ele faz? Coloca rede em todas as janelas. É só uma criança, ela paga para ver.
iG: Você acha que a palmada é a melhor forma de exercer autoridade?
Denise Dias:
Não. Acho que é uma das alternativas e, muitas vezes, é o que resolve. Tem crianças que nunca precisam levar uma palmada, a mãe olha e ela já obedece. Tem criança, no entanto, que faz alguma coisa errada e, por mais que a mãe coloque-a de castigo e tire privilégios, continua mexendo onde não deve mexer. O que adianta? O que ela está pedindo? Tapa na bunda. As crianças estão precisando de tapa na bunda.
iG: Não existem outras formas de exercer a autoridade, como saber dizer “não”?
Denise Dias:
Com certeza. Isso eu abordo com clareza no meu livro. O tapa na bunda é um último recurso, mas muitas vezes ele é necessário.
iG: Como saber quando ele é necessário?
Denise Dias:
Quando você já chamou a atenção da criança, já tentou fazê-la parar de fazer o que não deveria estar fazendo, já tentou colocar de castigo e mesmo assim ela continua. O que essa criança está pedindo? Limites. Tem criança para as quais basta dizer algo como “vai ficar sem o cinema hoje”, que ela aprende. Ela não gosta daquilo, então se comportará, em uma próxima vez, para que não aconteça de novo. Mas existem crianças que testam incansavelmente os pais. São esses adolescentes que crescem e queimam um índio, atropelam skatistas...
iG: Bater nas crianças não pode ser considerado um pouco primitivo?
Denise Dias:
De forma alguma. Uma coisa é a palmada, depois que já tiveram vários outros tipos de punições que não deram certo. Outra coisa é um pai que chega estressado do trabalho, a criança faz algo como derrubar suco na mesa, por exemplo, e o pai, na sua ignorância, lasca um tabefe na criança. São situações muito diferentes.
iG: Qual a sua opinião sobre o projeto de lei que visa proibir a palmada?
Denise Dias:
Eu sou contra. Ele não é necessário. O Estatuto da Criança e do Adolescente já protege contra a violência. Vamos definir “violência”. A criança brasileira está prostituída na rua, está na cracolândia... A criança brasileira está chegando ao quinto ano do ensino público sem saber fazer uma conta de subtração. Isso é violência. Agora o congresso quer criminalizar uma palmada que um filho que olha para o pai e fala “cala a boca, seu idiota” toma? O pai que não coloca limites no filho está criando um monstro.
iG: O que levou você a escrever este livro agora, na contramão de diversos estudos e correntes pedagógicas que pregam justamente o fim das palmadas?
Denise Dias:
Para dizer a verdade, no meu convívio profissional o que eu mais conheço, graças a Deus, são profissionais a favor de umas palminhas para educar. Eu vinha escrevendo o livro desde 2009. Quando deu o boom sobre o assunto, por conta do projeto de lei, comecei a correr para terminar o livro.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Consulte suas notas no Blog PROFLEAOPARAALUNOS


Consulte a nota da prova bimestral, média e suas faltas relativas ao 3º Bimestre 2011 no link: http://profleao-alunos.blogspot.com/

Todo gênio é único...... por Steve Jobs

Por Steve Jobs
Tenha coragem de seguir o que seu coração e sua intuição dizem. Eles já sabem o que você realmente deseja. Todo resto é secundário.
Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo - expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar - caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.
Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.
Foi péssimo o gosto do remédio, mas o paciente precisava disso. Algumas vezes a vida pode te atingir na cabeça com um tijolo. Não perca a fé. Me convenci que a única coisa que me fez seguir em frente é que eu amava o que fazia. Você tem que achar o que ama. E isso é tão verdade para o trabalho, quanto é para as pessoas que ama. Seu trabalho vai preencher boa parte da sua vida. E é a única maneira de ser verdadeiramente satisfeito. É fazer o que acredita ser um ótimo trabalho, e a única maneira de fazer um ótimo trabalho, é amar o que você faz. Se você não achou isso ainda, continue procurando, e não desista.
Como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. (...) Não desista.
Você tem que encontrar o que você ama. Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.
A primeira história é sobre ligar os pontos.
Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina.
Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: "Apareceu um garoto. Vocês o querem?" Eles disseram: "É claro."
Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo.
Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok.
Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo.
Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.
Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.
Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.
De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.
Minha segunda história é sobre amor e perda.
Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos.
E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses.
Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale do Silício.
Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa.
A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple.
E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple.
Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.
Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz.
Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.
Minha terceira história é sobre morte.
Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: "Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último." Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: "Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?" E se a resposta é "não" por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa. Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.
Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.
Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas.
Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas - que é o código dos médicos para "preparar para morrer". Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.
Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.
Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá.
Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.
O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém.
Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas.
Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior.
E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.
Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid.
Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês.
Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras: "Continue com fome, continue bobo."
Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.

sábado, 15 de outubro de 2011

É SEMPRE BOM RELER

Primeira importante lição: Durante meu segundo mês na escola de enfermagem, nosso professor nos deu um questionário. Eu era bom aluno e respondi rápido todas as questões até chegar a última que era: "Qual o primeiro nome da mulher que faz a limpeza da escola?" Sinceramente, isso parecia uma piada. Eu já tinha visto a tal mulher várias vezes. Ela era alta, cabelo escuro, lá pelos seus 50 anos, mas como eu ia saber o primeiro nome dela? Eu entreguei meu teste deixando essa questão em branco e um pouco antes da aula terminar, um aluno perguntou se a última pergunta do teste ia contar na nota. "É claro!", respondeu o professor. "Na sua carreira, você encontrará muitas pesso-as. Todas têm seu grau de importância. Elas merecem sua atenção mesmo que seja com um simples sorriso ou um sim-ples "alô". Eu nunca ma is esqueci essa lição e também acabei aprendendo que o primeiro nome dela era Dorothy. Segunda lição importante: Na chuva, numa noite, estava uma senhora negra, americana, do lado de uma estrada no estado do Alabama enfrentando um tremendo temporal. O carro dela tinha enguiçado e ela precisava, desesperadamente, de uma carona. Completamente molhada, ela começou a acenar para os carros que passavam. Um jovem branco, parecendo que não tinha conhecimento dos acontecimentos e conflitos dos anos 60, parou para ajudá-la. O rapaz a colocou em um lugar protegido, procurou ajuda mecânica e chamou um táxi para ela. Ela parecia estar realmente com muita pressa mas conseguiu anotar o endereço dele e agradecê-lo. Sete dias se passaram quando bateram à porta da casa do rapaz. Para a surpresa dele, uma enorme TV colorida estava sendo entregue na casa de-le com um bilhete junto que dizia: "Muito obrigada por me ajudar na estrada naquela noite. A chuva não só tinha en-charcado minhas roupas como também meu espírito. Aí, você apareceu. Por sua causa eu consegui chegar ao leito de morte do meu marido antes que ele falecesse. Deus o abençoe por ter me ajudado. Sinceramente, Mrs. Nat King Cole" Terceira importante lição: Sempre se lembre daqueles que te serviram. Numa época em que um sorvete custava muito menos do que hoje, um menino de 10 anos entrou na lanchonete de um hotel e sentou-se a uma mesa. Uma garçonete colocou um copo de água na frente dele. "Quanto custa um sundae?" ele perguntou. "50 centavos" - respondeu a garço-nete. O menino puxou as moedas do bolso e começou a contá-las. "Bem, quanto custa o sorvete simples?" ele perguntou. A essa altura, mais pessoas estavam esperando por uma mesa e a garçonete per-dendo a paciência. "35 centavos" - respondeu ela, de maneira brusca. O menino, mais uma vez, contou as moedas e disse: "Eu vou querer, então, o sorvete simples". A garçonete trouxe o sorvete simples, a conta, colocou na mesa e saiu. O menino acabou o sorvete, pagou a conta no caixa e saiu. Quando a garçonete voltou, ela começou a chorar a medida que ia limpando a mesa pois ali, do lado do prato, tinham 15 centavos em moedas – ou seja, o menino não pediu o sundae porque ele queria que sobrasse a gorjeta da garçonete. Quarta importante lição: O obstáculo no nosso caminho. Em tempos bem antigos, um rei colocou uma pe-dra enorme no meio de uma estrada. Então, ele se escondeu e ficou observando para ver se alguém tiraria a imensa ro-cha do caminho. Alguns mercadores e homens muito ricos do reino passaram por ali e simplesmente deram a volta pela pedra. Alguns até esbravejaram contra o rei dizendo que ele não mantinha as estradas limpas mas nenhum deles tentou sequer mover a pedra dali. De repente, passa um camponês com uma boa carga de vegetais. Ao se aproximar da imensa rocha, ele pôs de lado a sua carga e tentou remover a rocha dali. Após muita força e suor, ele finalmente conseguiu mover a pedra para o lado da estrada. Ele, então, voltou a pegar a sua carga de vegetais mas notou que havia uma bol-sa no local onde estava a pedra. A bolsa continha muitas moedas de ouro e uma nota escrita pelo rei que dizia que o ouro era para a pessoa que tivesse removido a pedra do caminho. O camponês aprendeu o que muitos de nós nunca entendeu: "Todo obstáculo contém uma oportunidade para melhorarmos nossa condição". Quinta importante lição: Dando quando se conta. Há muitos anos atrás, quando eu trabalhava como voluntário em um hospital,eu vim a conhecer uma menininha chamada Liz que sofria de uma terrível e rara doença. A única chance de recuperação para ela parecia ser através de uma transfusão de sangue do irmão mais velho dela de apenas 5 anos que, milagrosamente, tinha sobrevivido à mesma doença e parecia ter, então, desenvolvido anticorpos necessários para combatê-la. O médico explicou toda a situação para o menino e perguntou, então, se ele acei-tava doar o sangue dele para a irmã. Eu vi ele hesitar um pouco mas depois de uma profunda respiração ele disse: "Tá certo, eu topo já que é para salvá-la...". À medida que a transfusão foi progredindo, ele estava deitado na cama ao lado da cama da irmã e sorria, assim como nós também, ao ver as bochechas dela voltarem a ter cor. De repente, o sorriso dele desapareceu e ele empalideceu. Ele olhou para o médico e perguntou com a voz trêmula: "Eu vou começar a morrer logo?" Por ser tão pequeno e novo, o menino tinha interpretado mal as palavras do médi-co, pois ele pensou que teria que dar todo o sangue dele para salvar a irmã! "Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro, ame como se você nunca ti-vesse se machucado e dance como você dançaria se ninguém estivesse olhando"

O QUE É SEXO AFINAL????????

v Segundo o médico é uma doença, porque sempre termina na cama.
v Segundo o advogado é uma injustiça porque sempre há um que fica por baixo.
v Segundo o engenheiro é uma máquina perfeita porque é a única em que se trabalha deitado.
v Segundo o arquiteto é um erro de projeto porque a área de lazer fica próxima a saída do esgoto.
v Segundo o político é um ato de democracia perfeito porque todos gozam independente da posição.
v Segundo o economista é um desajuste porque entra mais do que sai. Às vezes não sabe o que é ativo ou passivo.
v Segundo o contador é um exercício perfeito: põe-se o bruto, faz-se o balanço tira-se o bruto e fica o líquido. Podendo na maioria dos casos gerar dividendos.
v Segundo o matemático é uma perfeita equação porque a mulher coloca entre parêntese eleva o membro à sua máxima potência, e lhe extrai o produto, reduzindo-o à sua mínima expressão.
v Segundo o psicólogo é foda de explicar.

Motivação

"O único modo de evitar os erros é adquirindo experiência; mas a única maneira de adquirir experiência é cometendo erros."
"Nossa é a sabedoria de Salomão, A magia de Merlin, A queda de Ícaro. Por incontáveis eras temos sonhado, Por infindáveis mundos temos vagado, De infinitas escolhas temos sofrido. O mundo estremece sob o conformismo sufocante, As esperanças se esvaem nas chamas da mediocridade, Os heróis morrem na forca do orgulho. O Apocalipse está próximo. A realidade é uma mentira. A Fé é a verdade, Abre teus olhos e desperta."

Exemplo e Motivação

Não existe melhor motivação do que o exemplo. Os grandes comandantes da História, como Alexandre o Grande, Júlio César e outros, não obtiveram o total apoio de seus soldados somente mediante ameaças ou recompensas, nem venceram batalhas que pareciam impossíveis apenas por suas estratégias geniais.
Sem o comprometimento total e irrestrito de seus exércitos, nenhuma estratégia genial surtiria efeito. E esse comprometimento só foi obtido porque os soldados realmente acreditavam que seus lideres personificaram os ideais de bravura e coragem que pregavam.
No trabalho, a história se repete. É impossível ser um bom líder sem ser também um exemplo para seus funcionários e colaboradores. Assim como os grandes generais que entraram para a história, o verdadeiro líder é aquele que motiva pela força de seu exemplo. Se um funcionário for motivado não só por suas expectativas pessoais, mas também pela admiração e lealdade que o chefe lhe inspira ira muito mais longe.
Exercício: solicitar aos participantes que comecem a bater palmas quando você disser três, mas com certeza ao bater palmas logo no início da contagem e, imediatamente, todos irão te seguir, batendo palmas no momento que você disser “um”. Peça a todos que repitam, frisando bem que devem bater palmas consigo somente quando você disser três. Mas, como você vai começar batendo palmas a partir do um, a audiência novamente segue seu exemplo. Depois de repetir o exercício diversas vezes, alguns participantes começarão a se perguntar o que este acontecendo. E só depois que o exercício è feito pelo menos meia dúzia de vezes, as pessoas percebem que devem bater palmas somente quando você contar três, e não antes. Usar essa prática para ilustrar a importância do exemplo. Em vez de fazer o que você disser, todos farão o que você fizer. Imagine agora o que acontece quando alguém em posição de chefia diz para seus subordinados agirem de determinada forma, quando ele próprio age de outra.
Contudo, cabe destacar que, por mais importante que seja servimos de exemplo para os outros, é essencial que sejamos um exemplo também para nós mesmos. Viver em desacordo com os valores nos quais acreditamos é extremamente nocivo para nossa integridade, constituindo o caminho mais rápido para afundarmos no estresse, na desmotivação, na perda de identidade e nas crises existenciais.
Um dos valores que mais devemos prezar é muita atenção com vida familiar.

COMENTÁRIOS DE UMA HOLANDESA SOBRE O BRASIL. VALE A PENA LER!

Os brasileiros acham que o mundo todo presta menos o Brasil.
E realmente parece que é um vício falar mal do Brasil.
Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos.
Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado. Só existe uma companhia telefônica e (pasmem!) se você ligar reclamando do serviço, corre o ris-co de ter seu telefone temporariamente desconectado.
Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos - antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.
Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.
Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.
Em Paris, os garçons sao conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de bote-quim no Brasil podia ir para lá dar aulas de como conquistar o cliente."
Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultu-ra. Se você parar para observar,em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.
O Brasil tem uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com língua portuguesa, é cha-mada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasi-leiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua
Portuguesa.
Os brasileiros são vítimas de vários crimes contra sua pátria,crenças,cultura, língua, etc...
Os brasileiros mais esclarecidos sabem que tem muitas razões para resgatar as raízes culturais.
Os dados são da Antropos Consulting:
1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi consi-derada a mais solidária.
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Eleitoral (TRE)estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibili-dade do processo.
5. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40 do mercado na América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650mil novas habilita-ções a cada mês.
9. Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.
10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade isso 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.
12. Por que não se orgulhar em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
13. Que o Brasil tem o mais moderno sistema bancário do planeta?
14. Que as agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?
15. Por que não se fala que o Brasil é o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
16. Por que não dizer que o Brasil é hoje a terceira maior democracia do mundo?
17. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que rara-mente ocorre em outros países ditos civilizados?
18. Por que não lembrar que o povo brasileiro é u m povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?
19. Por que não se orgulhar de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando. É! O Brasil é um país abençoado de fato.
20. Que os brasileiros são considerados os maiores amantes do mundo,enquanto que os ingleses e os árabes são os piores?
21. Que os brasileiros tomam banho todos os dias, às vezes mais de um por dia enquanto que os europeus tomam em média um por semana?
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos. Bendito este po-vo, que sabe entender todos os sotaques. Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente. Por que o brasileiro tem a mania de só ser nacionalista e patriota durante a Copa do Mundo? Se fosse assim todos os dias, vibrante como é durante a Copa, talvez, hoje o Brasil seria uma super potência...
Bendita seja, querida pátria chamada Brasil!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Comentários

Agora vocês poderão fazer livremente comentários das matérias aqui publicadas, consegui liberar o link.

Mensagem para o dia do Professor

Mensagem para o Dia do Professor

Senhoras e senhores Professores,
Quero, inicialmente, cumprimentá-los pelo Dia do Professor.
Parabéns pelo nosso dia!
Nas reuniões em que estivemos presentes, eu e o prof. Palma, nos pólos, no primeiro semestre, pude perceber o empenho dos senhores no trabalho com o ensino e a aprendizagem. Pude avaliar todas as dificuldades vividas pelos professores no dia a dia, nas salas de aula e nas escolas, e concluir que o compromisso dos senhores com a qualidade da educação é o fundamento que inspira o Estado a efetivamente garantir às crianças e aos jovens o melhor ensino.
Quero, como secretário da Educação do Estado de São Paulo, reafirmar meu compromisso e o dos membros da gestão desta Secretaria em relação à valorização dos professores e dos profissionais da educação. Compromisso que se traduz na implantação de uma política salarial, na estruturação de uma carreira com condições de trabalho que efetivamente mostrem ao País que o Estado de São Paulo valoriza o professor e entende que educação de qualidade é aquela ministrada por profissionais que efetivamente firmaram esse compromisso. Desejo um feliz Dia do Professor a todos.
Herman Voorwald
Secretário de Estado da Educação de São Paulo.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

RESPOSTA À REVISTA VEJA

Sou professora do Estado e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS  razões que  geram este panorama desalentador.
            Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas  para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira. Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que  pais de famílias oriundas da pobreza  trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos  em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras. Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.
            Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê?  De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.    
            Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos,  há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos,  de ir aos piqueniques, subir em árvores? E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
            Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução),  levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero. E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”,  elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
            Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.    Há de se pensar, então, que  são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que  esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia,  até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares. 
            Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos. 
            Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é  porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros.  Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se. 
            Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade!  E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo
            Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões  (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!
            Passou da hora de todos abrirem os olhos  e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores  até agora  não responderam a todas as acusações de serem despreparados e  “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.